Bloco-diagrama da Serra do Mar e Litoral do Estado do Paraná. Publicado no livro: Geografia Física do Estado do Paraná. Reinhard Maack. Codepar/IBPT. Curitiba, 1968.

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Desenho: Mário Dairiki
Biografia:Reinhard Maack (n. Herford, Alemanha 1892 - m. Curitiba, Brasil 1969)
Geólogo, geógrafo, paleontólogo e aventureiro, Maack é considerado por muitos o primeiro ambientalista do Brasil.
Antes de se fixar no país, em 1923, ele já havia consolidado fama internacional. Em 1917, descobriu, na Namíbia (país do sudoeste da África), no monte Brandberg, o conjunto de pinturas rupestres conhecido como Dama Branca (White Lady).
Entre seus trabalhos premiados destaca-se o estudo intitulado “A Deriva Continental”, que comprova a teoria Gondwânica, segundo a qual os continentes americano e africano foram unidos em um passado remoto. Esse trabalho rendeu a Maack um prêmio concedido pela Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas.
Depois de viver por um período no Rio de Janeiro, Maack mudou-se para Curitiba, para trabalhar como engenheiro de minas da Companhia de Mineração e Colonização Paranaense. Mas nunca abandonou suas pesquisas.
A partir de 1926, chefiou expedições pelos então selvagens rios Tibagi e Ivaí. Fez estudos geológicos das bacias desses dois rios que cortam o estado, registrando aspectos da flora e fauna.Já em 1949, ele previu o futuro ambiental do Paraná, apontando os riscos da erosão do solo e a mudança climática que seria provocada pela devastação da mata.
“Devemos proteger as matas e promover mais sistemáticos reflorestamentos. Infelizmente, nesses últimos anos, não percebi nenhuma séria reação neste sentido e, em conseqüência disso, sou pessimista quanto ao destino das matas do Paraná”, declarou Maack.
Hoje, restam menos de 3% da cobertura florestal original do estado.Em suas expedições, Maack conquistou, em 1941, na Serra do Mar, o Pico Paraná – ponto culminante do Sul do Brasil –, batizado por ele próprio.
Na Serra dos Dourados, Noroeste do estado, ele fez, em 1961, os primeiros contatos com a tribo indígena xetá, hoje praticamente extinta. Nesse contato, Maack foi acompanhado por seu genro, especialista em linguagem indígena, e um cinegrafista.
Maack também atuou como professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Deixou várias obras fundamentais para a compreensão do estado, como Geografia Física do Estado do Paraná – publicada em 1968 e até hoje uma obra de referência na área– , o Mapa Fitogeográfico do Estado do Paraná (1950), o Mapa Geológico do Estado do Paraná (1953) e A Serra do Mar no Estado do Paraná (1969 em Alemão) e publicado no Boletim Geográfico do Rio de Janeiro em 1972, após sua morte).
Faleceu em Curitiba, em 26 de outubro de 1969.
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